Cistos e nodulações
Entenda melhor os principais cistos e nodulações que podem ocorrer na mão e punho.
Cisto no Punho e na Mão
Articulações e tendões são estruturas que dependem de movimento para funcionar. Para favorecer essa mobilidade, um líquido recobre esses tecidos (líquido sinovial), funcionando como uma espécie de óleo lubrificante. Os cistos se formam quando esse líquido extravasa da articulação ou da bainha dos tendões. Na tentativa de conter esse vazamento, o organismo forma uma cápsula, que é o cisto.
O cisto sinovial é mais comum no dorso do punho, e depois na região volar e lateral, próximo à artéria radial, mas também pode ocorrer em outras regiões como nos dedos e ao redor dos tendões.
O cisto costuma ser mais um problema estético pelo seu crescimento e abaulamento, não causando dor, mas eventualmente pode acontecer, levando à diminuição da mobilidade e da força da articulação. Cabe ressaltar que nem todo abaulamento ou nodulação é cisto sinovial, por isso o acompanhamento especializado é fundamental.
Na presença de dor, crescimento, ou por razões estéticas, pode-se realizar a ressecção cirúrgica do cisto, que pode ser por via aberta ou por vídeo (artroscópica). A cirurgia também é útil para o diagnóstico preciso, através da biópsia do material retirado (exame anatomopatológico).
Doença de Dupuytren
Doença de Dupuytren é uma condição crônica, porém benigna, que acomete progressivamente os tecidos moles (ligamentos e fáscias) que dão suporte para a palma da mão e para os dedos.
Costuma ser mais comum em homens acima de 50 anos e pode estar associado à diabetes, uso de álcool e tabagismo. Acomete mais frequentemente o quarto e quinto dedos, geralmente afetando as duas mãos, sendo um lado mais atingido que o outro.
Normalmente o primeiro sinal da doença é o aparecimento de nódulos na palma da mão. Os nódulos não causam dor, mas geram irregularidades na pele, podendo ser observados pequenos afundamentos. Com o passar do tempo, esses nódulos acabam se conectando e formando cordas que vão da palma da mão aos dedos. Essas cordas progressivamente encurtam e o paciente perde a capacidade de esticar os dedos, ficando com dificuldade de realizar tarefas simples, como lavar o rosto ou colocar a mão no bolso.
Nas fases iniciais da doença, quando ainda não há prejuízo da função das mãos, não há tratamento efetivo. É importante acompanhar o paciente e observar a evolução da doença. Em casos mais graves e avançados, quando o paciente já não consegue esticar completamente os dedos, o tratamento cirúrgico está indicado, através da remoção do tecido doente.